12 jun Gestão de Condomínios – Síndico e suas responsabilidade
Gestão de Condomínios – Conhecendo o Ambiente
Quando falamos de imóveis, administração de imóveis, Gestão de Condomínios, estamos falando de moradia, qualidade de vida, projeto de vida, investimento, relacionamento, sustentabilidade, natureza, leis, direitos e obrigações, economia, engenharia, arquitetura etc. Portanto não há como você falar de imóveis sem reconhecer essa dimensão, esse imenso arco de atividades que interagem e se complementam, formando o imenso ecosistema imobiliário. É nesse ambiente que o síndico atua ao administrar um condomínio, nessa realidade multifacetada da administração de imóveis.
A administração de um condomínio, exige de quem vai se colocar para a condição de síndico de algumas características pessoais, técnicas e a necessidade de conhecer o ambiente em que vai atuar.
O síndico que busca fazer uma boa gestão deve entender a natureza condominial, como :
- reconhecer que apesar da condição de síndico que ocupa e ser o responsável ativo e passivo pelo condomínio, ele não é o “dono “ do prédio, pois o mesmo tem vários proprietários, “ sócios”, vários “donos” e que para uma boa administração , o Síndico deve ter capacidade para ouvir, negociar, buscar a convergência, criar maiorias e solucionar conflitos, ele deve ser parte da solução e não do problema, ou seja , ter essa habilidade é fundamental para uma boa gestão, pois você estará lidando com uma comunidade;
- saber que a realidade condominial é potencialmente explosiva e conflituosa, entender esse ambiente é necessário. Por exemplo, em uma Assembleia estão presentes os “sócios”, os proprietários do prédio, que por si só apresentam um grau de independência com relação ao Síndico e a cada um dos condôminos presentes na reunião muito grande e que dificilmente você encontrará em outro lugar, seja no trabalho, no ambiente comercial ou familiar, a verticalidade nesses ambientes é maior. Na Gestão de Condomínios a realidade é mais horizontal e portanto saber conduzir a reunião, colocando as questões de forma clara, transparente, inclusiva, reflexiva é fundamental, pois serão tratados temas espinhosos, como aumento de condomínio, obras emergenciais, obras de melhoria e temas que envolvem dinheiro e cada proprietário vive sua realidade financeira e que não raro difere muito entre os condôminos. Também serão tratados temas domésticos, como: o morador que fala alto durante a noite ou que dá festas até a madrugada, problema com funcionários, obras fora do horário permitido, conflito entre os moradores. Enfim, um ambiente de equilíbrio frágil e que uma demanda mal formulada, uma abordagem equivocada, pode gerar um ambiente adverso.
Por isso, é importante para ser Síndico que seja uma pessoa com habilidades para buscar o entendimento e o interesse comum e ter capacidade de se mover nesse ambiente. Nesse sentido a comunicação é fundamental no processo de garantir que as informações importantes sejam compartilhadas e recebidas por todos.
Outro aspecto é a necessidade de um conhecimento técnico mínimo para uma boa gestão. Conhecer sobre área trabalhista e recursos humanos, uma questão sensível na maioria dos condomínios em função dos valores envolvidos é importante. Conhecimento jurídico, pois não raro as questões tratadas fazem fronteira com a Lei e a legislação condominial e se há um bom conhecimento, uma série de problemas podem ser eliminados na raiz. Conhecer as obrigações legais também é fundamental como as vistorias prediais obrigatórias, do Gás , Corpo de Bombeiro , Seguros , conhecer a Convenção , conhecer contabilidade e etc. É esse conjunto de habilidades e conhecimento que vai permitir o administrador do condomínio, o Síndico, a manter o prédio em pleno funcionamento , tornando um local bom para se morar e viver.